Paulo Óscar, de nome artístico, nasce em 28/08/1959, em Lisboa. A sua infância e juventude são vividas num ambiente privilegiado em que a criatividade artista ocupa um lugar de destaque. Filho de um arquiteto e de uma pintora, responsável esta, pelo que hoje apelidamos de atelier de atividades artísticas (subsidiado pela Fundação C. Gulbenkian), desde sempre na companhia da sua mãe se dedica a imaginar e realizar tudo o que a sua idade lhe permite, no âmbito das atividades realizadas no atelier. Mais tarde no atelier de arquitetura do seu pai, aprende desenho técnico, o que muito útil lhe há-de ser no futuro, porque permitir-lhe-á concretizar no papel as formas imaginadas pela sua criatividade mental. Aos 18 anos de idade e em resposta a uma proposta de Jorge Mealha, trabalha em Porches, a conhecida vila algarvia de antiquíssima tradição cerâmica, onde fica durante três anos. De seguida resolve profissionalizar os seus conhecimentos, e na Escola António Arroio, frequenta o curso de «Artes do Fogo» (1980/1982), após o que inicia uma carreira por conta própria, criando a sua oficina em Azeitão. Faz um interregno, e durante dois anos (1987/1988) trabalha como designer, na Fábrica Sado Internacional (Setúbal), que entretanto encerrou. Paulo Óscar regressa ao trabalho por conta própria e em certa altura é convidado pelo CENCAL (Caldas da Rainha), para ministrar o curso de Arte Cerâmica Criativa, lugar que ocupa durante 11 anos, após o que concorre à Escola António Arroio (Lisboa), ao lugar de professor de «Tecnologia da Cerâmica – Produção Artística», lugar que vem desempenhando há sete anos. Sem nunca abandonar o trabalho por conta própria, participa sempre que possível em diversos simpósios e bienais, em 1989/1890 é galardoado com o 1.º Prémio da FIA (Feira Internacional de Artesanato, Lisboa); toma parte em exposições individuais, tais como, em 1991 na Galeria de Azeitão, o grupo Pró Évora, no Casino Estoril, e em 1992 na Galeria Monumental; participa na Arco (Madrid), e na Bienal de Cerâmica do CENCAL (Caldas da Rainha). No aeroporto Sá Carneiro (Porto) está exposta uma ânfora da sua autoria, uma peça significativa da troca de mercadorias entre os mais diversos destinos, e na Casa de Juventude de Setúbal apresenta-se um Painel Escultórico. Paulo Óscar trabalha essencialmente com o barro vermelho, algumas vezes com grés, e utiliza nas suas esculturas as cores naturais da terra, cores de óxido, manganês e ferro. Um dos seus princípios básicos é a pouca utilização de cores e a simplicidade das formas criadas a partir da expressão dos seus pensamentos filosóficos. É bem patente este princípio na sua «Bailarina», elegante, esguia, que nos convida a dançar na sua companhia no palco da vida. Paulo Óscar vende as suas peças diretamente ou em exposições.