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Paula Monteiro

Maria Paula Gomes Braz Monteiro

Paula Monteiro vive numa zona verde e calma que abraça a Baía de S. Martinho do Porto onde o vento suave que sacode as folhas das árvores, produz um leve som de paz e de sucesso. Paula Monteiro nasce em 25/05/1956, em Coimbra. A sua vida, rica em acontecimentos e mudanças, faz com que fosse possível estudar cerâmica, em Paris (França), na escola de artes “Academie des Grandes Terres”, por influência da sua mãe, também a ceramista MajaDélegue. A determinada altura cria em Coja (Arganil) um atelier- “Atelier Paula Monteiro – Victor Bizarro” – onde lhe foi possível dar asas à criatividade, e é neste período (1980-90), que desenvolve mais a sua imaginação e técnica cerâmica, produzindo peças únicas e inimitáveis. Mas como a vida se faz de contínuas mudanças, surge simultaneamente a criação de uma fábrica de louça utilitária e decorativa. Nesta fábrica, Cerarpa, assume a direção criativa e mais tarde direção de produção e comercial. Encerra com a crise internacional de 2008. Paula Monteiro torna a dar mais uma volta no seu percurso relacionado com a cerâmica. Em 2012 é convidada por antigos colegas empresários da zona de Alcobaça na área da cerâmica de exportação para o lugar de diretora criativa nas fábricas, Mixcer, Destinos e Ceriart. Em 2017, nova mudança: vai ocupar a mesma função na fábrica Matcerâmica, S. Mamede, na Batalha, onde ainda se encontra. A par deste seu trabalho de carácter mais contínuo, já lá vão cerca de 40 anos, quando começa a produzir peças únicas no seu atelier. Utiliza barro vermelho misturado com faiança ou pastas de grés de diferentes tonalidades. Todas as peças são vidradas com vidro transparente de forma a realçar as misturas das pastas. Atualmente está a criar peças em que utiliza pastas misturadas, ou seja, trabalha o que não é tradicional. Ao misturar as pastas, as obras produzidas são surpreendentes, porque cada pasta é definida arbitrariamente em relação à outra; têm doçura no seu aspecto. As suas peças são decorativas, utilitárias ou de dupla função: decorativas e utilitárias Outra prática que Paula Monteiro está a trabalhar é o método japonês apelidado de “Kimtsugi”, que consiste em aproveitar peças que sofram quebra ou fraturas na cozedura, recuperando-as por este método. Os defeitos são preenchidos com laca (uma espécie de resina) a depois finalizados com ouro. Peças caras e que chamam a atenção pelo seu exotismo. Todas as peças desta ceramista são feitas à mão. Paula vende as suas peças aos amigos, conhecidos e em certas galerias em França.