Nuno Alfredo Romão da Costa, nasce em 29/09/1970 em Caldas da Rainha. Desde criança que o mundo do barro e das malandrices caldenses não lhe é alheio, visto que o seu pai por longos anos é um conhecido comerciante das cerâmicas caldenses. Nuno Costa é um autodidata. Nunca andou em nenhuma escola a aprender a criar e a modelar; nasceu com ele a criatividade de pegar no material inerte e com o seu jeito de mãos e um apuro sentido de crítica, as peças nascem. É talvez o único ceramista da Caldas que se dedica unicamente ao tão famoso ícone local: o falo. Peça esta umbilicalmente ligada à história da cidade, foi tendo varias aparências ao longo dos anos: mais agressiva, mais envergonha, mais marota ou mais murcha, ainda hoje é motivo de criatividade, e o exemplo desse facto é o trabalho do Nuno Costa. Utiliza o barro a frio, resina, epoxy, e depois completa as suas peças com materiais diversos, como feltro ou madeira. Nuno Costa constrói os seus falos, os de pequena dimensão, habitualmente assentes num pedestal de cerâmica. Quase sempre de ar sério e em posição reta, cientes da sua importância, desempenham papel de militar, arlequim, prisioneiro, mecânico, turista, palhaço, jardineiro, artista de circo, rei, músico, cartolas, e todos os mais que o artista queira. A par desta vasta família fálica, Nuno Costa também faz outras peças, de maior dimensão, em que cada peça pode ser descomposta em outras tantas, obedecendo todas elas à inspiração maior: o falo.