Carlos Manuel Godinho Martins vive num mundo de fantasia composto por flores e animais, de cores atraentes, que são as peças de cerâmica que produz. Carlos Martins nasce em 12/07/1950 em Caldas da Rainha. A sua primeira experiência com o barro é nas Faianças Belo – por influência de Alberto Miguel -, para onde vai trabalhar com 13 anos de idade. Nesta fábrica está durante 16 anos, onde tem por companheiros os conhecidos e conceituados operários: Alberto Miguel, Francisco José Malhoa, Rogério Chaves, Acelino de Carvalho (operário da velha e conceituada guarda que trabalhou diretamente com Rafael Bordalo Pinheiro), e Conceição uma primorosa pintora a óleo, que o tempo decorrido enevoou o apelido. Aos 30 anos de idade resolve dar novo rumo à sua vida, e começa a trabalhar por conta própria. Adquire um terreno nas Gaeiras e cria uma fábrica (Faióbidos), onde trabalharam 22 empregados. Em 2005, deixa a fábrica e cria uma oficina na Rua Heróis da Grande Guerra, onde continua a produzir as suas peças que evocam a tradição da cerâmica caldense, aliadas a uma certa modernidade na forma e na cor. Utiliza preferencialmente o barro branco, não deixando de parte o vermelho ou o grés. Dá preferência aos vidrados típicos, como por exemplo o verde caldas, o amarelo mel, o castanho manganês e o azul-turquesa, que aplica nas suas peças de cariz naturalista. Não perdeu a tradição de executar pratos de grande diâmetro, decorados com flores e ramos, assemelhando-se a pequenos jardins de cor; se utilizarmos a imaginação podemos sentir-lhe o cheiro floreado. Carlos Martins frequenta a FIA (Feira Internacional de Artesanato, Lisboa)bem como a Fatacil (Feira Internacional de Turismo e Artesanato de Lagoa, Algarve). Vende as suas peças no comércio caldense.